Blog

digital-influencer-precisa-fazer-o-registro-de-marca

Afinal, digital influencer precisa fazer o registro de marca? Entenda!

A internet impulsionou o surgimento de novas profissões, e entre elas estão os digitais influencers – profissionais que produzem conteúdos online, a fim de influenciar sua base de seguidores. A profissão é lucrativa e nos últimos anos vem crescendo ainda mais. Segundo pesquisa da Influencer Marketing Hub, somente em 2022 rendeu cerca de US$16,4 bilhões.

Diante deste cenário, podemos notar que um crescimento acelerado de perfis famosos em diversas redes sociais. Pois, eles se tornaram o principal meio para cativar e conquistar o público, principalmente, no mundo publicitário. Mas, afinal, o que é preciso para se tornar um digital influencer? Somente uma conta verificada nas redes sociais? 

Muitas pessoas que se aventuram neste meio não tem grandes pretensões comerciais, mas o que começa como algo pequeno pode ganhar proporções. Por isso, é preciso ir além da conquista do selo de verificação, e fazer o registro de marca. Na prática, ele garante segurança ao nome adotado.

Entenda, neste artigo, porque o digital influencer precisa fazer o registro de marca, e como isso pode afetar o seu trabalho.

O digital influencer pode se tornar uma marca?

O registro de marca é um mecanismo de segurança tanto para empresas quanto para empreendedores individuais, e principalmente, para digitais influencers. Isso porque ela garante exclusividade para o nome escolhido e evita que terceiros o utilizem de forma indevida.

A “marca” de um influenciador digital, geralmente, pode ser o próprio nome e/ou apelido adotado na hora de fazer as publicações, divulgar um conteúdo ou até mesmo ao fazer uma propaganda

Mas, então, por que o digital influencer precisa fazer o registro de marca?

Mesmo não sendo obrigatório, o registro de marca é recomendado, pois além de garantir exclusividade, impedir cópias ou uso indevido, ela garante que a pessoa possa produzir ou comercializar produto e/ou serviço.

Confira 3 razões pelas quais o digital influencer precisa fazer o registro de marca!

Alguns influenciadores buscam apenas brilhar nas redes sociais, e não possuem grandes pretensões. No entanto, no meio do caminho, isso pode mudar. Dessa forma, o que começa como um passatempo ou brincadeira pode se tornar um projeto lucrativo, que viabiliza a criação de parceria ou a comercialização de produtos e/ou serviços exclusivos.

Sendo assim, o nome usado pelo influencer digital pode deixar de ser apenas um nome, e se tornar, sim, uma marca pelo qual ele será reconhecido. Um exemplo clássico é da empreendedora Bianca Andrade, conhecida como Boca Rosa.

Bianca iniciou sua carreira ainda nova. Na adolescência, fez um curso de maquiagem, e, aos 16 anos, decidiu criar um blog para compartilhar seu trabalho. Uma de suas primeiras páginas foi no Orkut, rede social na qual usava o nome Bia Boca Rosa, devido à cor do batom usado por ela. O conteúdo feito pela Bianca se popularizou, e a jovem migrou para outras redes sociais. Hoje, a Boca Rosa tem mais de 18 milhões de seguidores, somente no Instagram.

Em 2015, a fim de garantir a exclusividade da marca e impedir a aparição de cópias indevidas, ela entrou com três pedidos de registro de marca junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI)

Apenas em 2018, o registro foi concedido para a marca Boca Rosa, que pode ser explorada comercialmente nas áreas de educação, apresentação de produtos e criação de cosméticos, na época ainda não fabricava. Ou seja, Bianca saiu na frente para garantir oportunidades de empreendimentos futuros. Tanto é verdade que, no segundo semestre de 2018, lançou a linha Boca Rosa by Payot.

Portanto, além da garantia de exclusividade, o digital influencer precisa fazer o registro de marca para ter acesso a outros benefícios, como:

#1 Impedir plágio e uso indevido da marca

O plágio e a infração de marca são mais comuns do que pode parecer, sendo que cerca de 85% das grandes marcas globais sofreram com isso. 

O ato de registrar uma marca por si só já é um modo de dissuadir os possíveis plagiadores, garantir exclusividade e aumentar a confiança dos seguidores ao adquirir o símbolo “®”, junto ao seu nome profissional. Isso impede, ainda, que terceiros usem de forma inapropriada a sua marca para vender algum outro produto na internet.

#2 Ter licenciamento de produtos

Ao registrar a marca, o digital influencer pode utilizá-la para a divulgação e comercialização de produtos próprios ou uma linha exclusiva de outra grande marca.

Por exemplo, a youtuber Bruna Santina iniciou sua carreira compartilhando vídeos com dicas de penteados e maquiagens em 2010, com apenas 16 anos. Ela rapidamente se tornou uma das maiores digitais influencers do país. Com o crescimento na carreira, escolheu o nome Niina Secrets como marca. Hoje, possui linhas exclusivas de sapatos, roupas, acessórios e maquiagens.

#3 Evitar mudanças e até mesmo processos

Conforme a Lei da Propriedade Industrial de nº 9.610/98, dono da marca é quem registra. Logo, se alguém passar na sua frente e registrar o nome e/ou apelido usado nas redes sociais, você perde o direito de usar essa “marca” podendo, inclusive, ser autuado por infração de marca.

Ou seja, o registro é um modo de proteção  do nome, essencial para garantir a sua segurança e evitar dores de cabeça no futuro.

Dono de marca é quem registra!

Recentemente, tivemos mais uma pequena estrela despontando nas redes sociais, a skatista Raíssa Leal. Conhecida, popularmente, como fadinha do skate, a jovem atleta ficou famosa pelos vídeos que aparecia andando de skate fantasiada de fada.  Em 2020, ela se tornou a medalhista brasileira mais nova a subir no pódio, levando a prata.

A equipe da Raíssa precisou entrar com um recurso junto ao INPI, em 2020, para conseguir registrar a marca Fadinha do Skate. Isso porque em 2019, a empresa RRS Odontologia solicitou ao INPI três registros de marca deste nome, um para produtos de vestuários, um de serviços educacionais e médicos. O processo ainda corre em julgamento, em paralelo,  a assessoria da skatista Raíssa Leal entrou com pedido de registro da marca “Fadinha”.

Por isso, é essencial o registro de marcas. Na prática, ele ajuda a minimizar esses tipos de questões legais e disputas judiciais. Além disso, o digital influencer precisa fazer o registro de marca para não correr o risco do titular/possível concorrente – que efetuou o registro – entrar como uma ação judicial alegando uso indevido e cobrar possível indenização.

Portanto, para evitar esse tipo de situação conte com a Stagio, na hora de efetuar o registro de marca. Temos profissionais especializados para orientar você e conduzir todo o processo. Boas ideias precisam de movimentos transformadores! Entre em contato e saiba mais!

Compartilhe

Traduzir